O planejamento estratégico é um velho conhecido no mundo dos negócios, já que ele é capaz de traçar objetivos, metas e metodologias para aumentar a produção e contribuir para ótimos resultados dentro do setor.
Na agropecuária não é diferente. O planejamento agrícola é essencial para a concretização de atividades, especialmente porque é preciso considerar as oscilações do mercado, como o preço das commodities, as necessidades de plantio e a implementação de tecnologias, inovações e transformações disruptivas no campo.
Portanto, o planejamento estratégico deve ser adotado em todas as ações agropecuárias, desde as atividades mais simples, como a instalação de um painel elétrico industrial para os trabalhos rurais, até na inserção de novos métodos de trabalho.
No artigo de hoje, saiba como aumentar a produção através do planejamento e conquistar ótimos resultados no setor agropecuário.
Importância do planejamento estratégico agropecuário
O planejamento estratégico agropecuário envolve o desenvolvimento de iniciativas, de médio a longo prazo, que servirão para aumentar a competitividade, o lucro e a qualidade das atividades no mercado.
Por exemplo, um jardim planejado é construído nos mínimos detalhes, verificando o paisagismo, as necessidades do espaço, bem como outros aspectos importantes, para que o resultado seja muito melhor, principalmente em relação à concorrência.
Na agropecuária, o planejamento estratégico envolve o aumento da produtividade como ponto principal, mas também o desenvolvimento de produtos de melhor qualidade (como exemplo, temos os alimentos orgânicos, controle de pragas, ações sustentáveis etc).
Ou seja, criam-se estratégias para melhorar o desempenho dos negócios de âmbito rural e a eficiência na cadeia produtiva.
O planejamento estratégico é válido para todos os produtores agropecuários (pequenos, médios e grandes).
Afinal, a intenção é reduzir as incertezas das lavouras e conseguir a melhor performance, mesmo sem a expansão de terras.
Assim, o planejamento pode envolver um plano de controle ambiental, inserção de tecnologias, softwares e metodologias de gestão, entre outras iniciativas para pensar a produção agropecuária como uma empresa.
Os benefícios vão além do aumento da produtividade, mas têm impacto direto na qualidade, na redução de custos, na eficiência de trabalho e na sustentabilidade, sendo possível promover o desenvolvimento econômico, diminuindo a exploração dos recursos naturais.
Sendo assim, todos os envolvidos nas atividades agropecuárias são afetados de modo positivo, o que define a importância de compartilhar todas as etapas do planejamento estratégico, para alcançar os melhores resultados esperados.
5 dicas para aumentar a produção agropecuária com o planejamento estratégico
Para quem deseja aumentar a produção agropecuária, o planejamento estratégico pode incluir o uso de algumas ferramentas tecnológicas, bem como a introdução de métodos inovadores nas técnicas de plantio, cultivo, entre outros. Confira abaixo!
1 – Aplique o método da pirâmide organizacional
O planejamento estratégico agropecuário pode ser desenvolvido com o método da pirâmide organizacional, que faz a gestão agrícola em etapas, sem esquecer das pessoas envolvidas nos planos e as principais metas de cada atividade.
Com isso, no topo de pirâmide estão as pessoas envolvidas na tomada de decisões mais importantes das atividades agropecuárias.
Porém, essas decisões não são tomadas de maneira intuitiva, ao contrário, exige-se procedimentos de análise internos e externos.
Entre alguns dos fatores fundamentais para a composição da pirâmide organizacional, destacam-se
- Análise do mercado;
- Direcionamento e posicionamento dos produtos;
- Custos de produção;
- Formas de comercialização do produto;
- Tendências do setor;
- Programas governamentais de auxílio;
- Oscilações do mercado (inflação, cenários de crise etc).
Ou seja, a pirâmide organizacional delimita os cursos humanos e materiais envolvidos nas atividades agropecuárias, sendo possível identificar as etapas que requerem melhor gerenciamento para aumentar a produtividade.
2 – Invista em softwares de gerenciamento
A aplicação de tecnologia no campo é uma maneira de revolucionar os métodos de produção e conseguir melhores resultados, inclusive facilidade no gerenciamento de atividades, o que torna a tomada de decisões mais fácil.
Com softwares analíticos, é possível prever a necessidade de manutenção de geradores, máquinas agrícolas, entre outros equipamentos que são indispensáveis para o trabalho no campo.
Desse modo, garante-se uma produção ininterrupta, além de reduzir a perda de aparelhos custosos aos produtores.
Além do mais, os softwares permitem a criação de fluxogramas, que ajudam a documentar o passo a passo de cada atividade agrícola.
Com esse mapeamento, é possível identificar falhas na produção, realizar ajustes quando preciso e verificar quem são os responsáveis.
Alguns softwares também são capazes de melhorar a eficiência de produção, como a automação pneumática, para o informatizar todos os processos que utilizam ar comprimido, tornando as atividades mais rápidas e reduzindo a mão de obra.
Aliás, engana-se quem pensa que o investimento em tecnologia está restrito aos grandes produtores.
Hoje em dia, é possível encontrar inovações de ponta, com um investimento bastante acessível para os pequenos e microempreendedores rurais.
Importante ressaltar que o campo se modernizou. Por isso, a implementação de recursos tecnológicos é quase uma obrigação, sendo o diferencial dos negócios modernos.
3 – Uso do plantio direto quando possível
O Sistema de Plantio Direto (SPD) consiste em um método de manejo da terra bastante eficaz, sendo usado por produtores rurais que desejam reduzir os cursos com a preparação da lavoura, além de contribuir para a diminuição dos impactos ambientais, como a compactação do solo, erosão e perda de nutrientes por arrasto.
A grande vantagem do SPD é usar o revolvimento da terra com operações de aração. Assim, restos vegetais e folhagens são mantidos na superfície do cultivo, oferecendo uma proteção maior ao ambiente.
A matéria orgânica depositada também enriquece a terra, o que reduz o uso de fertilizantes. Ou seja, há uma economia de custos com produtos agrícolas, ao mesmo tempo em que se garante melhor qualidade dos alimentos.
As máquinas agrícolas no SPD são adaptadas para o plantio. A semeadeira, por exemplo, utiliza discos que cortam a palha e permitem o depósito de adubo e semente, diretamente nos sulcos de plantio.
Contudo, é importante que todos os equipamentos passem pelo conserto de máquina, pois eventuais erros nas colheitadeiras e semeadeiras podem comprometer a iniciativa do plantio direto.
4 – Enxergue a produção agropecuária como uma empresa
A aplicação de novas tecnologias e métodos de trabalho, como o SPD, somente terá resultados positivos a partir do momento em que toda a produção agropecuária for vista como uma empresa.
Isso porque o planejamento envolve um orçamento financeiro viável para cada produtor, levando em consideração os investimentos, os possíveis retornos, as margens de rentabilidade e lucratividade.
Os softwares de gestão podem ajudar a definir os investimentos futuros, principalmente em novos equipamentos como um estabilizador de energia, novas máquinas de plantio ou a aquisição de ferramentas para controle operacional.
Ademais, é necessário considerar o próprio investimento em capital humano, inclusive o aprimoramento do próprio produtor, com qualificação técnica e melhor capacidade de gestão de recursos, pessoas e atividades.
Com esses conhecimentos, fica muito mais fácil decidir em qual momento é preciso investir em novas conexões pneumáticas, ou mudar as técnicas de plantio, entre outras iniciativas envolvendo os trabalhos na agropecuária.
5 – Motive as pessoas envolvidas na produção
Para que o planejamento estratégico tenha os resultados esperados, é necessário motivar as pessoas envolvidas na produção. Afinal de contas, elas são a chave para o sucesso produtivo, culminando em ótimos resultados.
Ou seja, é o “capricho” e a atenção dos colaboradores que determina o aumento da produção e a eficiência das atividades
Vale dizer que cada pessoa envolvida também possui metas próprias, que geram motivação para um trabalho mais dedicado e eficiente.
Em muitos casos, proprietários de lavouras e produtores rurais acabam esquecendo do fator humano
Por conta disso, é importante ouvir as pessoas, conhecer seus anseios, medos, angústias e objetivos. Dessa forma, o planejamento estratégico é alinhado ao capital humano, tornando o trabalho muito mais eficaz, pois os colaboradores se sentem motivados.
Atualmente, todas as empresas buscam melhorar o planejamento estratégico com foco nas pessoas, pois percebeu-se que não se pode ignorar o fator humano.
Conclusão
As atividades agropecuárias são as importantes representantes do primeiro setor, sendo fundamentais para a geração de empregos, manutenção da sociedade, economia do país, sem falar que contribui para o desenvolvimento de demais operações de trabalho.
No entanto, muitas pessoas buscam alternativas miraculosas para aumentar a produção no campo, esquecendo-se da necessidade de um bom planejamento estratégico.
Desse modo, é preciso ter atenção aos métodos, inovações e recursos tecnológicos envolvidos na produção do campo, elaborando um projeto com todos os detalhes, iniciativas e investimentos que devem ser feitos.
Nesse sentido, a tecnologia aparece como uma das principais aliadas dos produtores rurais, pois elas permitem o aprimoramento de técnicas de plantio, lavoura e cuidado com animais, além de permitir a redução de custos, sem deixar de lado a sustentabilidade.
Fonte: editoragazeta.com.br