A irrigação é uma técnica que tem como objetivo suprir as necessidades hídricas de uma área plantada em decorrência à baixa disponibilidade hídrica ou a má distribuição das chuvas. Os principais tipos de irrigação utilizados atualmente são a superficial, a localizada e a aspersão.
Irrigação superficial
Neste tipo a água é conduzida para o ponto de infiltração diretamente pela superfície do solo. Os sistemas de irrigação mais comuns para esse tipo são as irrigações por inundações e as irrigações por sulcos. Esse tipo de irrigação é bastante utilizado no sul do Brasil e na produção de arroz.
Vantagens:
Baixo custo de implantação, energia e manutenção;
Favorece o aumento da fotossíntese nas folhas mais baixas, devido ao reflexo da luz na água;
O vento não limita a irrigação;
Promove a fixação do nitrogênio atmosférico, em decorrência ao favorecimento do crescimento de algas verde-azuis.
Desvantagens:
Água parada pode prejudicar as plantas, principalmente pela diminuição da respiração das raízes;
Bastante dependente da declividade do solo;
Erosões frequentes nos sulcos;
Ocorrem perdas de água por percolação.
Irrigação localizada
Neste tipo a água é aplicada na área ocupada pelas raízes das plantas, formando um círculo molhado ou faixa úmida. Essa técnica é muito utilizada nos dias atuais, sendo muito aplicada na produção de frutíferas. Os dois sistemas básicos na irrigação localizada são a microaspersão e o gotejamento.
Vantagens:
Baixo custo de mão-de-obra e de energia;
Elevada eficiência de aplicação, como a água é aplicada diretamente na raiz, ocorrem poucas perdas por evaporação;
Facilidade e eficiência na aplicação de fertilizantes, com a fertirrigação;
Grande adaptação aos diferentes tipos de solo;
Mantém o solo uniformemente úmido e com oxigênio.
O vento e a declividade do terreno não limitam a irrigação;
Desvantagens:
Alto custo inicial, devido à grande quantidade de tubulações;
Bastante sensível ao entupimento dos orifícios de saída de água;
Diminuição da profundidade das raízes, devido à constante disponibilidade de água, isso pode diminuir a estabilidade da planta.
Irrigação por aspersão
Esse tipo simula uma chuva artificial onde um aspersor expele água para o ar, que por resistência aerodinâmica se transformam em pequenas gotículas de água que caem sobre o solo e plantas. Seus principais sistemas são a convencional, o pivô-central e o auto-propelido.
Vantagens:
Baixo custo de mão-de-obra;
Elevada eficiência de aplicação;
Facilidade e eficiência na aplicação de fertilizantes, com a fertirrigação;
Melhor controle da lâmina de irrigação;
Desvantagens:
Aumenta o desenvolvimento de doenças, devido as folhagens úmidas;
Elevados custos iniciais, de energia e de manutenção;
Limitada pelo vento e pela declividade do terreno;
Pode causar danos ao solo, devido ao escoamento de água nas proximidades.
Qual sistema de irrigação devo escolher?
A escolha do sistema mais adequado para a sua fazenda deve considerar o tipo de solo, o relevo, a disponibilidade de água, o clima, a cultura e o manejo de irrigação. Portanto, antes de instalar o sistema em sua fazenda é importante que você consulte um engenheiro agrônomo para lhe orientar na melhor decisão.
Gestão do sistema de irrigação
Como visto no post “3 formas de reduzir seus custos de irrigação”, em qualquer tipo de sistema de irrigação ocorrem desperdícios de água, de dinheiro e perda de produtividade; se deixados sem gerenciamento e sem um manejo de irrigação ideal. Isso ocorre até mesmo com os sistemas mais eficientes e melhores projetados. Além disso, é importante conhecer bem a disponibilidade hídrica em sua região.
Hoje em dia já existem sistemas que tornam a irrigação mais inteligente. Esses sistemas são conectados à internet e utilizam sensores que fazem o monitoramento da lavoura, de forma automática.
Fonte: Agrosmart